Frios dias esses De leituras quentes Olhos ávidos Com o primor do que é leve
Eu não tinha este rosto de hoje, Assim calmo, assim triste, assim magro, Nem estes
Por afrontamento do desejo insisto na maldade de escrever mas não sei se a deusa
quando os helicópteros rondavam o prédio duas da manhã e todos dormiam apenas o zumbir
Entrar em casa sem que a porta rangesse, sem que o cachorro da vizinha farejasse
Um pedaço de trapo que fosse Atirado numa estrada Em que todos pisam Um pouco
assim escrevo na borda do tempo linha riscada em giz de sombra pálida tempo febril
D’amiga a existência tão triste, e cansada, De dor tão eivada, não queiras provar; Se
Tem os que passam e tudo se passa com passos já passados tem os que
eterna culpada da sabedoria à ignorância de tudo entende se tu erras, compreende Ela é
Enquanto eu fiquei alegre, permaneceram um bule azul com um descascado no bico, uma garrafa
Escrever poema é esquecer-se de si É lembrar-se do outro Outra voz, outra vida, outro
Minha vida, meus sentimentos, minha estética, todas as vibrações de minha sensibilidade de mulher, têm,
Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela